quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Posse da Nova Diretoria do DCE Livre da USP

Nos dias 27, 28 e 29 de novembro aconteceram as eleições para a nova diretoria do DCE Livre da USP "Alexandre Vannuchi Leme"! Centenas de estudantes estavam inscritos em 6 chapas, e milhares de estudantes da universidade depositaram seu voto nas urnas num processo que envolveu todos os campi da USP!

No dia 15/12 às 13h na Faculdade de Saúde pública acontecerá o Conselho de Centros Acadêmicos de Posse da nova diretoria.

Abaixo segue o resultado das eleições (conforme ordem na cédula):

  • Nada será como antes - Oposição pra mudar o DCE!: 2631
  • Novos Rumos para além dos muros: 263
  • América: Território Livre: 203
  • AJR: Reconstruir o DCE pela base: 41
  • Na falta de Céu Ninguém Voa!: 1318
    Vez e Voz: o grito só não basta!: 3162
  • brancos e nulos: 227

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Reunião preparatória para o Fórum Social Mundial – Belém, 2009
seminário CIÊNCIA e CAPITALISMO hoje
28 e 29 de novembro

28.11.07

14h l Abertura
Sedi Hirano, Pablo Rubén Mariconda, José Corrêa Leite

16h l Mesa-redonda: Tecnologias da Informação
Imre Simon, Sergio Amadeu, Sérgio Bampi / Coordenação: Pablo Ortellado

19h30 l Mesa-redonda: Sementes
Edson Diogo Tavares, Anderson Santos, Maurício de Carvalho Ramos
Coordenação: Marcos Barbosa de Oliveira


29.11.07

14h l Mesa-redonda: Medicamentos
José Ruben de Alcântara Bonfim, Renata Reis, Juliana Vallini
Coordenação: José Corrêa Leite

16h30 l Mesa-redonda: Universidade Pública
José Luís Garcia, Pablo Ortellado, Sérgio Bampi /
Coordenação: Sylvia Gemignani Garcia

19h30 l Encerramento
Gabriel Cohn, Terry Shinn, José Luís Garcia /
Coordenação: Pablo Rubén Mariconda


Local: Centro Universitário Maria Antonia
Rua Maria Antonia, 294 l Vila Buarque l São Paulo l SP
Informações: (11) 3091-3761, sala 2001
Entrada gratuita

Realização

Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP em associação com Parque de Ciência e Tecnologia
da USP, Associação Filosófica Scientiae Studia, Grupo de Pesquisa em Política para Acesso à Informação
(G-POPAI), Grupo de Pesquisa Educação, Ciência & Tecnologia (GPEC&T), Coletivo Epidemia, Associação
Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Sociedade Brasileira de Vigilância de Medicamentos (Sobravime)
G-POPAI GPEC&T Coletivo Epidemia Abrasco Sobravime

domingo, 18 de novembro de 2007

Stallman no Brasil - O software livre em discussão!

Richard M. Stallman é presidente da Free Software Foundation, criador
e o principal mentor do movimento de software livre. Em passagem por
São Paulo no próximo dia 21/11, às 10 horas, proferirá a palestra "O
Copyright contra a Comunidade" na Poli USP


Onde ?
Faculdade de Engenharia Civil da Escola Politécnica da USP
Avenida Prof. Luciano Gualberto, travessa 3 nº 380
Auditório 136

Quando ?
Quarta feira dia 21 as 10 horas

Organização:
G-POPAI - Grupo de Políticas para o Acesso à Informação
< https://www. gpopai.usp. br/ >

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

eleições para o DCE Livre da USP "Alexandre Vannuchi Leme"

dias: 27, 28 e 29 de novembro, a USP estará discutindo, se mobilizando para a escolha da nova diretoria do Diretório Central dos Estudantes LIVRE "Alexandre Vannuchi Leme"!

Haverá urnas em todas as unidades e em diversos cursos! Ano passado foram cerca de 60 urnas abertas, esperamos aumentar o número de urnas, o quórum da eleição para que mais estudantes decidam os rumos de nossa entidade!

Fique ligado e participe!

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Eleições DCE USP

ELEIÇÕES DCE USP

Ontem, dia 05/11/07, as chapas concorrentes à próxima gestão do DCE Livre da USP inscreveram-se. Abaixo, por ordem de inscrição, seguem as listas das chapas e seus integrantes.

Lembrando que este sábado às 13h, teremos o CCA de recursos, e às 10h reunião da Comissão Eleitoral, no porão da Faculdade de Medicina!

Chapas Concorrentes às Eleições do ano de 2007 para Representantes Discentes dos Conselhos Centrais e da diretoria do DCE Livre da USP:

  • América Território Livre
  • A Plenos Pulmões
  • Novos Rumos - Para além dos Muros
  • Vez e Voz: O grito só não basta!
  • AJR - Reconstruir o DCE pela base
  • Na falta de céu ninguém voa
  • Nada será como antes - Oposição para mudar o DCE

Chapa "América: Território Livre"

Integrantes:

1.Ana Beatriz da C Moreira – Letras
2.Beatriz Cyrineo – Letras
3.Stefano Benatti – IME
4.José Ubiratan Bueno – Letras
5.Ana Luisa Ribeiro – FAU
6.José Caetano Júnior – Engenharia Mecânica
7.Jean Luiz Palavicini – Filosofia
8.Amanda Antunes – FAU
9.André Wigman – FAU
10.Nathalia P Curry – FAU
11.Julio Maia Martutti – FAU
12.Amanda de Cracvalho – FAU
13.Murilo Deriz – Geografia
14.Rafael Radial – Letras
15.Cássio Alves – Física
16.Débora Lopes – FAU
17.Carime André – FAU
18.Guilherme Morena – FAU
19.Mariana Ponzetta – FAU
20.Rafael Rodrigues – Letras
21.Marcelo de Souza – FAU
22.Daniel Sene – FAU
23.Rodrigo Brancher - FAU
24.lana Ischiptschi – FAU
25.João Carlos Bruder – Ciências Sociais
26.Leandro Ferreira - Letras
27. Rodrigo Luppes – Gestão de Políticas Públicas

Chapa: "A plenos pulmões"

Integrantes:

1.Leandro Andrade – Ciências Sociais
2.Pedro Gustavo Aubert – Ciências Sociais
3.Marcelo Ferreira dos Santos – História
4.Leandro Maluf Souza – Física
5.Fernando Botoni – Direito
6.Adriana Naomi Leite – Ciências Sociais
7.Fernando José da Camara – Física
8.Patricia Barbosa – Geografia
9.Gabriel Coelho Garcia – Ciências Sociais
10.Thiago Pererira Ornellas – Ciências Sociais
11.Flavia Valle Vernaschi – Ciências Sociais
12.Felipe Gomes da Silva – Letras
13.Inaya Modler – Geografia
14.Luciana Vizzotto – Letras

Chapa: "Novos rumos – Para além dos muros"

Integrantes:

1.Roberta Soeiro – Letras
2.Diego Fernandes Farias – Engenharia Mecânica
3.Murilo de Oliveira Junqueira – Ciências Sociais
4.Mariana Venturini – Filosofia
5.Felipe Augusto Messias Rodrigues – Administração
6.Francisleide Maia – História
7.Carla Santos – Letras
8.Rodrigo Ferreira Calheiros Alves – Letras
9.Benito Francisco Vasques – Geografia
10.João Alex Carneiro – Filosofia
* 11.Pedro Lopes de Sousa – Letras
* 12.Mayra Monteiro de Oliveira – Odontologia
* 13.Luiz Gustavo Cruz e Silva – Engenharia Química Lorena
* 14.Fernando Pinkalsky – Letras
* 15.Sarah Bezerra – Veterinária Pirassununga
* 16.Vinícius Penteado – Lorena
* 17.Leandro Freitas da Silva – Lorena
* 18.Daniella Cavalcante de Siqueira – Lorena
* 19.Bruno Baratella – Lorena
* 20.Ana Claudia de Campos – Letras
* 21.Marina Jorge Pula – Fonoaudiologia Bauru
* 22.Vanessa Stropp Borba – Geografia
* 23.Hellen de Santana Pelipeck – Letras

Obs: Os astericos referem-se a estudantes com documentação pendente para inscrição da chapa.


Chapa : "Vez e Voz: O grito só não basta!"

Integrantes:

1.Débora Saes – Terapia Ocupacional
2.Suzana Barroso – Terapia Ocupacional
3.Camila Sousa – Terapia Ocupacional
4.Thabata Pinho – Terapia Ocupacional
5.Debora Nogueira – Terapia Ocupacional
6.Pedro Nogueira – Letras
7.Jaqueline Nikiforos – Letras
8.Bruno Cardoso – Letras
9.Ciro Junior – Medicina
10.Felipe Corneau – Medicina
11.Ricardo Costa – Esportes
12.Paula Penha – Ciências Sociais
13.Bruno Ranieri – Ciências Sociais
14.Nathalie Drumond – Ciências Sociais
15.Bianca Borggiani – Ciências Sociais
16.Felipe Moreira – Ciências Sociais
17.Maia Fortes – Ciências Sociais
18.Jean Moraes – Ciências Sociais
19.Flavio Petracioli – Geografia
20.Lucas Rosa – Geografia
21.Caio Alves – Geografia
22.Sania Bomfim – Letras
23.Rodrigo Silva – Geografia
24.Mark Silva – Geografia
25.José Junior – Filosofia
26.Vinicius Soares – Filosofia
27.Janaina Costa – Nutrição
28.Denise Coelho – Nutrição
29.Flávia Ferrari – Biologia
30.Juliana Martins – Biologia
31.Apoena Cosenza – História
32.Joana Vasconcelos – História
33.Cecília Schmidt – História
34.Michel dos Santos – Letras
35.Herick Soares – Ciências Econômicas
36.Aline Tavella – Biblioteconomia
37. Areta Santinho – Pedagogia
38.Bruno Perez – Jornalismo
39.Gabriel Queiroz – Direito
40.Guilherme Guimarães – Física
41.Eduardo Rosa – Ciências Médicas Ribeirão Preto
42.Eurides Rosa – Ciências Médica Ribeirão Preto
43.Lenadro Rosa – Psicologia Ribeirão Preto
44.Katia Martins – Psicologia Ribeirão Preto
45.Helly Junior – Pedagogia Ribeirão Preto
46.Samila Vale – Pedagogia Ribeirão Preto
47.Helio Rocha – Quimica Ribeirão Preto
48.Ana Santos – Enfermagem Ribeirão Preto
49.Janaina Perbone – Enfermagem Riberião Preto
50.Hugo Araújo – Ciências Médicas Ribeirão Preto
51.Émerson Lopes – Ciências Médicas Ribeirão Preto
52.Renata Pereira – Fisioterapia Ribeirão Preto
53.Rodrigo Corder – Engenharia Elétrica São Carlos
54.André Martins – Química São Carlos
55.Daniel Marquesim – Ciências da Computação São Carlos
56.Thiago Cruz – Engenharia Mecatrônica São Carlos
57.Mateus Gomez – Engenharia Elétrica São Carlos
* 58.Larissa Lira – Geografia
* 59.Douglas Favorin – História
* 60.Washington Tomiaga – Educação Física
* 61.Gabriel Sollero – Engenraia Agônoma – ESALQ
* 62.Leonardo Gonzalez – Psicologia
* 63.João Batista – Física

Obs: Os astericos referem-se a estudantes com ausência de documentação necessária para inscrição da chapa.

Chapa: "AJR – Reconstruir o DCE pela base"

Integrantes:

1.Luiz Renato Perico – Letras
2.Bruno Passos Gobe – História
3.Natalia Braga Pimenta – Letras
4.Agatha Bernardo – Letras
5.Lucas de Oliveira Pereira – Letras
6.Claudio Antonio da Silva – Letras
7.Leo André – Letras
8.Victor Yamada – Psicologia
9.Fabio Antonio de Sousa – Letras
10.Fernando Nunes Manfre – Psicologia
* 11.Antonio Marcos Mesquita – Letras
* 12.Mariana Tozzato Correria – Letras
* 13.Gledson Luiz da Silva – Música Ribeirão Preto
* 14.João André Silva – Letras
* 15.Marcelo Campos dos Santos – Letras

Obs: Os astericos referem-se a estudantes com ausência de documentação necessária para inscrição da chapa.

Chapa: "Na falta de céu ninguém voa"

Integrantes:

1.Mayra Tofaneto – Gerontologia
2.Beatriz Dutra – Têxtil
3.Juliana de Andrade – Gestão de Políticas Públicas
4.Gustavo Leme – Gestão de Políticas Públicas
5.Giancarlo Pinotti – Gestão Ambiental
6.Sirlene Dias – Pedagogia
7.Melina Rombach – Relações Internacionais
8.Ricardo F da Silva – Ciências Sociais
9.Guilherme Demarchi – Letras
10.Eduardo Barbosa – Letras
11.Cristiana Gonzalez – Relações Internacionais
12.Hanna estevam – Letras
13.Alexandre Pierro – Gestão de Políticas Públicas
14.Larissa Ramos – Odontologia Ribeirão Preto
15.Natália Almeida – Gestão Ambiental
16.Joseneide de Lima – Gerontologia
17.Heber Rocha – Gestão de Políticas Públicas
18.Daniel Oliveira – Gestão de Políticas Públicas
19.Paula Leal – Obstetrícia
20.Tomás Marques – Marketing
21.Leandro Ferreira – Gestão de Políticas Públicas
22.Luis Eduardo Trevisan – Gestão de Políticas Públicas
23.Juliana Borges – Letras
24.Thiago Cândido – Letras
25.Paulo Leonardo Martins – Direito
26.Wellinton Teixeira – Têxtil
27.Vinícius Kauê – Ciências da Natureza
28.Gabriela dos Santos – Gestão de Políticas Públicas
29.Mara Paulini Machado – Gestão de Políticas Públicas
30.Flavio Tanaguchi – Medicina
31.Léa Marques – Ciências Sociais
32.Maria Martha Coelho – Gestão de Políticas Públicas
33.Raquel Thomazi – Gerontologia
34.Darlan Cavalcanti – Ciências Sociais
35. Carla Romagnolli - Medicina
36.Laion Silva – Letras
37.Adriana Visconti – Contabilidade
38.Humberto Oliveira – Gestão de Políticas Públicas
39.Marcos Manuel Santos – Pedagogia
40.Claudio Bacelar – Direito
41.Marco Aurélio Purini – Direito
42.Tiago Fontes – Gestão de Políticas Públicas
43.Carlos Eduardo de Souza – Gestão de Políticas Públicas
44.Amanda Ferreira – Marketing
45.Claudia Labate – Marketing
46.Giovana Alves – Gestão de Políticas Públicas
47.Cesar Furtado – Ciência da Atividade Física
48.Ricardo Ponzio – Gestão de Políticas Públicas
49.Luis odrigo Nagai – Obstetrícia
50.Rodolfo Marques – Sistemas de Informação
* 51.Renato Costa – Gestão de Políticas Públicas

Obs: Os astericos referem-se a estudantes com ausência de documentação necessária para inscrição da chapa.

Chapa: "Nada será como antes – Oposição para mudar o DCE"

Integrantes:

1.Rubens José Fereira JR – Zootecnia
2.Beatriz de Barros – Engenharia de Alimentos
3.Helen Alessandra Ribeiro – Matemática
4.Fernando Perez Penteado – Letras
5.Marcelo Alexandre Faria – Letras
6.Pamela Spinelli da Silva – Letras
7.Narciso Soares – Matemática
8.Gabriela Hipólito – Letras
9.Vinícius Zaparolli – Letras
10.Marcília Breta – Letras
11.Estevão Lima Pascoli – Letras
12.Guilherme Augusto – Letras
13.Júlia Coelho Almeida – Letras
14.Vítor Mortara – Letras
15.Francila Freitas Novaes – Letras
16.Kraly de Castela – Letras
17.Carlos Alberto Nascimento – Letras
18.Diego Navarro de Barros – Letras
19.Yuri Lueska – Letras
20.Márcio Bottini – Letras
21.André Ruoppolo – Gestão Ambiental
22.Carolle Alarcon – Gestão Ambiental
23.Gustavo Cassoni da Rocha – Ciências Agrárias
24.Júlio César Simplício – Enfermagem
25.Lucas José Bevilaqua – Ciências Biológicas
26.Nicole Campella – Terapia Ocupacional
27.Bruno Botoso – Música
28.Eduardo Pinheiro de Sousa – Engenharia Lorena
29.Caio Carvalho – Emgenharia Lorena
30.Heitor Martins Mota – Pedagogia
31.Jayme Rafael de Castro – Ciências Contábeis
32.Pedro de Almeida Barros – Geofísica
33.Maria Clara Godinho Siloni – Geofísica
34.Denise dos Santos – Terapia Ocupacional
35.Cecília Costa de Souza – Pedagogia
36.Paulo César de Lusso – Engenharia Civil
37.Ricardo Sourenco – Lazer e Turismo
38.Stephane Baudon – Lazer e Turismo
39.Alexandre Luiz Antonini – Ciências da Atividade Física
40.Raquel Cavaleti – Gerontologia
41.Maracajaro Silveira – Economia
42.Bonnie Gomes Escudeso – Odontologia
43.Aline Munhoz Lopez – Odontologia
44.Felipe Henrique dos Santos – Ciências da Natureza
45.Mariana Prado Vetulio – Ciências da Natureza
46.Bruno Henrique Bicalho – Lazer e Turismo
47.Samira Gatti – Ciências da Atividade Física
48.Robson Guarnieri dos Santos – Ciências da Natureza
49.Sandra da Costa Machado – Ciências da Natureza
50.Kleber Barros Kachinski – Lazer e Turismo
51.Alexandre de Carvalho – Ciências Biológicas
52.Wesley Luzetti – Ciências Fundamentais da Saúde
53.Mateus Novaes Dias – Ciências Sociais
54.Thiago Frizo Meneghello – Ciências Sociais
55.Daniel Cardoso de Oliveira – Ciências Sociais
56.Maurício Vinícius Gomes Freitas – Geografia
57.André Ferrari – Geografia
58.Fernando Custódio Spares – Geografia
59.André Toreli Salatino – Geografia
60.Severina Vilma Mendes – Geografia
61. Jeferson Luiz Choma – Filosofia
62.Caio Dias Garrido – Ciências Sociais
63.Patrícia Aun Fioravante – Ciências Sociais
64.Fabio Alex F da Silva – Geografia
65.Linus Jun Takei – Geografia
66.Debora Paula da Silva – Geografia
67.Lucio Cesar Serrano – Geografia
68.Ivan Abdala Bechara – Geografia
69.Gabriela Gouveia – Geografia
70.Talita Amaral Ferreira – Geografia
71.Cibele Lima Dantas – Geografia
72.Samantha Fernanda Saez – Geografia
73.Ana Carolina Ramos – Geografia
74.Rafael Eustáqio – Geografia
75.Antonio Carlos Antunes – Geografia
76.Pedro Cavaca – Geografia
77.Rubens Marcelo de Campos – Geografia
78.Talita dos Santos Barbosa – Geografia
79.Stephano Azzi Neto – História
80.Nicolas Tominaga – História
81.Ana Paula Sibbern – História
82.Marta de Souza Rodrigues – Física
83.Patrícia A G de Souza – História
84.Pedro de S Ganzeli – História
85.Guilherme Amate – História
86.Felipe Alberto Dantas – História
87.Camila Garofalo Mattoso – História
88.Gustavo dos Santos – História
89.Letícia Crsitina Alves – Matemática
90. Thiago Veríssimo – Física
91.Rafael Amaral stabile – História
92.Reinaldo Santos de Souza – História
93.Bruno M C Teixeira - História
94.Walter Junior – História
95.André Nokosato – Farmácia
96.Ellen Kuiz – História
97..Eli da Silva Junior – Química
98.Felipe Alberto Augusto – Química
99.Antonio C Botosso – Engenharia Mecânica
100.Gustavo Castelo – Engenharia de Produção
101.Renato Moerira Magalhães – Física
102.Pedro Bernades da Silva – Matemática
103.Mariana Paixão – Matemática
104.Eduardo Menezes de Moraes – Ciências da Computação
105.Diego Sanchez – Física
106.Aruá Silva Leite – Física
107.Pedro Gomes – Física
108.Marcos Evangelista – Engenharia
109.Lucas Derisso – Física
110.Bruno Malta – Física
111.Tiago dos Anjos Costa – Física
112.Jonas de Sousa Alves – Física
113.Julliam dos Santos – Física
114.Renata Conde – Psicologia Ribeirão
* 115. Gabriel Freitas Casoni – Ciências Sociais
* 116. Patrícia Rodsenko – Ciências da Natureza

Obs: Os astericos referem-se a estudantes com ausência de documentação necessária para inscrição da chapa.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

eleições para o DCE Livre da USP "Alexandre Vannuchi Leme"

É chegada a hora de debatermos e elegermos uma diretoria para a nossa entidade geral!
Debates acontecerão pelas unidades, centenas de estudantes estarão mobilizados para que mais uma vez tenhamos uma eleição com aumento de quórum, participação efetiva e uma rica discussão sobre o DCE Livre da USP.

O Diretório Livre dos Estudantes da USP tem uma história marcada por lutas e resistência.
Em maio de 1976 após a realização da PRIMEIRA Calourada Unificada dos Centros Acadêmicos, que fora organizada pela Comissão Universitária, que discutiu a reorganização de uma entidade central que articulasse as lutas estudantis(1), da greve da ECA, da mobilização em protesto contra o assassinato de Herzog e a greve do campus de Ribeirão - contra sua separação da USP - aumenta a necessidade de uma entidade central cada vez maior. Todas essas movimentações dos estudantes foram registradas pelo Dops, culimando até em palavras de um agende do Dops, encontradas em arquivos, dizendo: "O movimento estudantil, dirigidido pelo Partido Comunista do Brasil e apoiado por outros setores da esquerda, caminha para a sua primeira vitória neste ano de 1976, com a efetivação de assembléias visando a formação do Diretório Central Estudantil da UNiversidade de São Paulo".
Mas, não ficaram apenas como observadores. Segundo apresenta a Revista da Adusp sobre "Segredos da Ditadura Militar", de outubro de 2004, as urnas que guardavam os votos foram roubadas, numa madrugada quando estavam dentro da FEA. "Segundo O
Estado de São Paulo (14 de maio), foram roubadas 40 urnas, com 7.910 votos". (2)
Novas eleições foram realizadas em 18 de maio, e uma noite de vigília, na qual teve muita festa, debates e eventos culturais. Foram cerca de 12.300 votos, e o primeiro lugar ficou com 4.362 votos!
Nos primeiros anos do DCE todas as gestões, até 79, tiveram o nome, endereço e RG registrados.
Alunos do campus de Bauru foram detidos e fichados por "crime" de portar panfletos da Libelu.

O Dops foi extinto em 83. O Diretório Central dos Estudantes LIVRE da USP existe até hoje. (3)

05.11 das 13h às 23h Inscrição das chapas para o Processo Eleitoral do DCE

10.11 CCA de Recursos

12.11 Prazo máximo para fusão de chapas

21, 22, 23 de novembro eleições



(1), (2), (3). Todas as citações que fiz constam na Revista da Adusp de outubro de 2004 num especial sobre "Segredos da Ditadura Militar", no 40º aniversário do golpe.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Doces Bárbaros

Um pouquinho de ótima MPB....
O grupo Doces Bárbaros foi formado em 1976, quando os quatro baianos Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gal Costa e Gilberto Gil se reuniram para o show Doces Bárbaros, no Anhembi (São Paulo). A turnê do espetáculo durou menos de um mês, já que Gil e o baterista Chiquinho Azevedo foram presos por porte de maconha, em Florianópolis. Pouco depois, o show foi retomado e bateu o recorde de bilheteria do Canecão (RJ), onde permaneceu por dois meses. Em seguida, foi lançado o álbum Doces Bárbaros Ao Vivo.

Em 1994 aconteceu a primeira reunião do grupo, especialmente para homenagear a escola de samba carioca Estação Primeira de Mangueira. A retribuição veio com a homenagem prestada pela Mangueira aos Doces Bárbaros no samba-enredo daquele mesmo ano. Ainda em 94, o grupo voltou a se reunir para uma apresentação em Londres, no Royal Albert Hall.

Em dezembro de 2002, os Doces Bárbaros voltaram aos palcos, desta vez para a inesquecível apresentação para mais de 100.000 pessoas que lotaram a Praia de Copacabana (RJ) no encerramento do projeto Pão Music. O evento e seus bastidores foram registrados pelo diretor Andrucha Waddington, e o filme, lançado em DVD pela Biscoito Fino em 2004.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Nota Pública a respeito do processo eleitoral do Centro Acadêmico de Estudos Literários e Lingüísticos “Oswald de Andrade”

1. O Diretório Central Estudantil da Universidade de São Paulo “Alexandre Vanucchi Leme”, no uso das atribuições conferidas por seu Estatuto (Cap. II, Art 2o., a, b, c, e, h e Cap. III, Art. 4o., a e § 2o.), torna público o seguinte:

2. A eleição para a Diretoria Executiva do Centro Acadêmico de Estudos Literários e Lingüísticos “Oswald de Andrade” - CAELL -, sob a gestão Outras Palavras, ocorrida nos dias 17 e 18 de outubro deste ano, não ocorreu de forma válida devido a vícios em seu processo.

3. Reza o Estatuto do referido Centro Acadêmico que:
A eleição ocorrerá na primeira quinzena de novembro, devendo ser convocada com antecedência mínima de 01 (um) mês. (Seção IV, Art. 17, § 2o.) Ficando, assim, evidentes os vícios, uma vez que a abertura das inscrições de chapas se deu em 20 de setembro e as eleições foram iniciadas em 17 de outubro, não satisfazendo, portanto, nenhuma das duas exigências do texto estatutário.

4. Além disso, é de extrema relevância o fato de que o curto tempo conferido, tanto o total do processo, como para o debate entre as chapas e a apresentação de suas propostas, não tornou possível o conhecimento dos estudantes de modo que pudessem avaliar as chapas concorrentes da melhor forma a fim de votarem conscientes.

5. Fica reconhecido o descontentamento dos estudantes do curso quanto ao processo eleitoral, como demonstra abaixo-assinado constando número de assinaturas superior de votos.

6. Fica também reconhecido o descontentamento comum das chapas concorrentes, com exceção da Entretantos, composta por integrantes da gestão Outras Palavras em vias de reeleição e outros alunos, bem como a proposta que fizeram de que as eleições ocorram nos dias 12 e 13 de novembro, dentro dos quesitos estatutários e em tempo hábil para que haja conhecimento entre os estudantes.

7. Assim, este Diretório Central não reconhece o processo eleitoral, nem seus resultados, não reconhecendo, portanto o resultado como legítimo.

8. Fica o Centro Acadêmico de Estudos Literários e Lingüísticos “Oswald de Andrade” suspenso temporariamente do Conselho de Centros Acadêmicos (conforme Art. 17, § 2o.), após o término da gestão Outras Palavras, até que se seja eleita sua Diretoria Executiva.

9. Publique-se e se dê amplo conhecimento.

São Paulo, 19 de outubro de 2007.

Quer ter acesso ao estatuto do DCE? Vai lá no www.dceusp.org.br e clique no link "estatuto".

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

2º Seminário de Software Livre na USP


A iniciativa de fazer a segunda edição do seminário de Software Livre partiu de coletivos de alunos que já fazem esse debate e constroem esse movimento na USP.

Algumas empresas tentam manter seu poder e seus lucros se apropriando de conhecimentos universais e os transformando em mercadorias de alto valor. Hoje existem aplicativos que não permitem que seus usuários usem programas de outras empresas.
Na contramão disso tudo é que surge o movimento do Software Livre (SL). A história do movimento começa em 1980 quando Richard Stallman definiu quatro liberdades que caracterizam um software como SL:
1) a liberdade de executar um programa para qualquer propósito;
2) a liberdade de estudar como o programa funciona e adaptá-lo para suas necessidades;
3) a liberdade de redistribuir cópias, de modo que você possa ajudar outras pessoas;
4) a liberdade de aperfeiçoar o programa e liberar os seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade se beneficie.

E o movimento estudantil nisso?

Existem distribuições de GNU/Linux (sistema operacional livre) e outros aplicativos livres desenvolvidos no mundo inteiro. Isso leva o movimento estudantil a reforçar e fortalecer a idéia de redes colaborativas de desenvolvimento de SL.
Nosso compromisso é o de disseminar a cultura livre, a cultura de contribuição colaborativa das pessoas em todas as áreas.
Junto ao movimento SL está ligada a luta pela inclusão digital.
Devemos reforçar que o movimento do Software Livre defende que todas as repartições públicas, bancos estatais e escolas públicas funcionem com aplicativos livres.

sábado, 13 de outubro de 2007

Transporte Audiência Pública sobre Inclusp

No dia 22 de outubro às 18h ocorrerá a Audiência Pública sobre o Inclusp na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) na zona Leste.
O DCE livre da USP está fazendo levantamento de demanda para transporte para a audiência.
Caso esteja interessado, envie e-mail para: juliana@dceusp.org.br com seus dados (RG, nome completo e unidade) até terça no final da manhã. Encaminharemos o pedido na tarde de terça-feira.
Para os estudantes do interior, pleitearemos um ônibus que fará o trajeto Ribeirão > Pirassununga > São Carlos > Piracicaba > São Paulo. A audiência será transmitida por teleconferência para todos os campi.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Homenagem a Ernesto Che Guevara

Debate no próximo dia 10 vai abordar a importância do revolucionário para a América Latina

No mês em que a morte de Ernesto Che Guevara completa 40 anos, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade de São Paulo (USP) fará uma homenagem ao revolucionário argentino que liderou a revolução cubana.

O debate "40 anos sem Che Guevara" ocorre dia 10, às 18h, no auditório da antiga biblioteca, no prédio da História e Geografia, na Cidade Universitária. O objetivo é discutir a importância da história da sua luta para a América Latina no passado e nos dias de hoje.

Na ocasião, será lançada também uma Cartilha sobre a vida e o legado de Che, produzida pelo Grupo Esquerda Unida, que conta com mais de 10 organizações, para fortalecer os ideais da Revolução Cubana.

O debate integra série de atividades dedicadas à memória de Che organizadas em parceria com o Movimento de Solidariedade a Cuba no Brasil e com o Consulado Cubano.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Mais uma da série de polêmicas e posições sobre o filme. Como prometido, agora uma posição bem crítica ao filme Tropa de Elite de José Padilha.

O filme é a cópia pirata do livro

O filme é a cópia pirata do livro

Notícias

“TROPA DE ELITE” É “F” DE FARSA

Paulo Henrique Amorim

Máximas e Mínimas 665

. O filme “Tropa de Elite” não é “fascista”, como disse Arnaldo Bloch, no Globo.

. É “f”, mas de Farsa, Fraude, Fantástico.

. A PM não é assim.

. O Bope não é assim.

. A favela não é assim.

. A PUC não é assim.

. O Rio não é assim.

. Nem o livro “Elite da Tropa” é assim.

. O filme é a cópia pirata do livro.

. O livro é a denúncia da corrupção da Polícia do Rio.

. Mas, não, apenas, de um comandante de batalhão da PM.

. O livro denuncia a corrupção do Secretário de Segurança – a cúpula mesmo da segurança do Estado -, que se articulava com a estrutura de poder do Rio.

. Por acaso, um chefe da Polícia Civil do Rio é, neste momento, suspeito de cometer os mesmos crimes do Secretário de Segurança de “Elite da Tropa”, depois de fisgado numa operação da Polícia Federal.

. (Isso, quando a Polícia Federal era, de fato, Republicana.)

. Mais cedo ou mais tarde, este chefe da Polícia Civil de verdade vai ter que se acertar com a lei.

. Em “Tropa de Elite”, a corrupção fica lá embaixo na hierarquia, não chega a ameaçar a reputação da elite da Polícia (ou da elite, de maneira geral).

. O filme trata de uma corrupção pé de chinelo.

. O argumento central do filme fica abaixo da linha da pobreza da criatividade: um oficial do Bope está para ser pai, entra em parafuso e procura um substituto ... É isso.

. O resto é bala.

. Porém, a favela não é o que “Tropa de Elite” diz que é.

. A favela é um lugar onde moram pobres e famílias de classe média.

. Que trabalham nas nossas casas com dignidade e vontade de subir na vida.

. No Rio – diferente de São Paulo -, a gente vê a favela e o favelado cara a cara.

. A PUC não é de cheiradores de cocaína nem de maconheiros.

. (Cheiradores de cocaína e maconheiros há em outras comunidades ali perto da PUC, de que o filme não trata.)

. A PM tem corruptos, como tem a Associação Comercial do Rio (e de São Paulo).

. O Bope tem torturadores, como houve nas Forças Armadas do Brasil.

. E nas Polícias do país afora.

. E em Nova York também.

. A cena de “Tropa de Elite” em que se ameaça enfiar um cabo de vassoura no ânus de um suspeito negro aconteceu na vida real, numa delegacia sob o comando de Rudy Giuliani, nos tempos em que ele era o “Adolf” Giuliani...

. O Rio não é assim.

. Tanto não é que o Rio resolveu enfrentar o tráfico como tem que ser: o Estado reassume o controle físico da área controlada pelos traficantes, e, em seguida, chegam as obras sociais de reintegração da área ao conjunto da sociedade.

. Isso é o que acontece hoje no Rio.

. O filme é a exploração de um tema que Fernando Meirelles e a novela “Vidas Opostas” da Record já exploraram com mais qualidade.

. O filme se sustenta sobre duas farsas:

. Sobre o estereótipo do Rio.

. Ou seja, a tentativa de colar no Rio a imagem de uma cidade sem lei e sem alma.

. E, por isso – é a outra farsa -, só tem conserto com policiais sádicos, torturadores e facínoras, como os “heróis” do BOPE.

. Nascimento, Matias e Neto são revestidos de heróis, mas, coitados, de tão angustiados, merecem a nossa comiseração, malgrado seus "defeitos” e “excessos”.

. O sucesso de “Tropa de Elite” se deve, também, ao fato de recorrer à solução autoritária que está ao alcance da elite de hoje: o contingente policial honesto, porém mau.

. Isso é o que está aí, na prateleira, à disposição dos que se vestem de branco, “pela paz”, e saem pela praia de Ipanema, cansados de violência.

. Não é o fascismo, que saiu da prateleira.

. “Tropa de Elite” corteja também certo sentimento pessimista, que se aloja na elite branca - o “não tem mais jeito”, “o Brasil acabou”, “o Brasil é isso que está aí”, “o Brasil perdeu a chance de ser decente”.

. Sentimento que, em última análise, só encontra saída na ausência de saída: no autoritarismo das “milícias” vestidas de Bope.

. Os “heróis” de “Tropa de Elite” são os mesmos militares torturadores que salvavam as nossas famílias e a nossa civilização da ameaça comunista.

. Agora, nos salvam dos narcotraficantes.

. Num e noutro caso eles são apenas isso: torturadores que um dia enfrentarão a lei e o repúdio de uma sociedade civilizada.

. Não são eles que vão nos salvar e a nossas famílias do tráfico.

. Eles merecem ir para a cadeia, com os marginais que perseguem.

. A saída serão políticas sérias, de homens públicos sérios, policiais sérios.

. O resto, como dizia Caetano Velloso antes de entrar para a Globo, é bom para “a lente do Fantástico”.

http://conversa-afiada.ig.com.br/materias/457001-457500/457126/457126_1.html

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

"Não somos nós os fascistas", diz Wagner Moura

Esta entrevista foi publicada no site do uol. A partir de hoje vou postar vários pontos de vista sobre o polêmico filme "Tropa de Elite" que estréia nos cinemas hoje!


Wagner Moura confessa estar exausto. O ator baiano emendou o final da novela "Paraíso Tropical" com a campanha de divulgação de "Tropa de Elite", filme de José Padilha que estréia nesta sexta-feira. Conhecido pela intensidade com que abraça todos seus papéis, ele agora está visivelmente sem energia.

Mas não é apenas a maratona física que tem exaurido Moura. Em entrevista ao UOL no Rio de Janeiro, ele se diz cansado também das acusações em série contra o "Tropa", em especial a de que teria participado de um filme fascista. "O Diogo Mainardi falou em um podcast da 'Veja' (ouça aqui) que o cinema brasileiro não deveria existir, que não viu o filme, mas sabe que sou péssimo ator só pelo cartaz, que deveriam raspar minhas sobrancelhas. Ele é o herói de muita gente. E nós é que somos fascistas? É brincadeira."

Em relação ao heroísmo que algumas pessoas enxergaram no capitão Nascimento, o truculento e incorruptível policial que ele interpreta em "Tropa", Moura diz: "Para mim, o filme é uma tragédia, e o Nascimento está longe de ser um herói. Algumas pessoas podem até vê-lo dessa forma, mas não sou responsável pela opinião deles."

UOL - Há notícias de que um boneco do Bope estaria sendo vendido por camelôs no Rio, como reflexo do sucesso da versão pirata de "Tropa de Elite". Vários blogs exaltam o pensamento do capitão Nascimento. Como você vê essa glorificação dos personagens do filme?

Wagner Moura - Nós não fizemos um filme de heróis. Para mim, "Tropa" é uma tragédia. O capitão Nascimento é um homem dividido, cheio de conflitos. Mas tem muita gente que acha que a tolerância zero é a solução para o problema da violência e enxerga no personagem um representante dessa idéia. Essa não é a minha visão, mas pode ser a de alguém que assiste ao filme. Só que eu não sou responsável pela opinião desse cara. Nós apenas tentamos mostrar a realidade da violência pelo olhar do policial. Conheci oficiais do Bope que são íntegros e acham que a solução para a violência é subir o morro e matar os vagabundos. É um ponto de vista de alguém que enfrenta aquela guerra. Eu não concordo. Mas nem por isso acho que essas pessoas não devam ser ouvidas. A mentalidade delas é um produto da situação em que vivem diariamente. No caso do documentário "Ônibus 174", eu também não concordo com o sequestrador, acho que o Sandro tinha que ser preso. Mas o filme queria mostrar como aquele garoto tinha sido transformado pela realidade. O "Tropa" faz o mesmo com a figura do policial.

UOL - A experiência de fazer o "Tropa" mudou sua opinião sobre a polícia?

W.M. - Hoje eu acho que o Bope é necessário. Não é a solução para o problema. Sou contra métodos como a tortura. Mas é preciso ter uma polícia com condição de enfrentar bandidos com armas poderosas.

UOL - O personagem do capitão Nascimento defende a idéia de que o consumidor da droga seja diretamente responsável pelo crime, por financiar o tráfico. Você concorda?

W.M. - Não, acho injusto jogar toda a responsabilidade no consumidor. As pessoas batem no elo mais fraco dessa tragédia. Mas é inegável que o consumo alimenta o tráfico. Sou a favor da descriminalização das drogas. Não sei como fazer isso, para onde vai a mão-de-obra do tráfico. Mas sei que não está funcionando do jeito que está. Acho que uma campanha de conscientização seria bem-vinda, embora não suficiente. Não acho eficiente apenas reprimir, porque o consumo de drogas sempre vai existir.

UOL - Você tem dado opiniões menos severas que o resto da equipe contra a pirataria. Qual é sua visão sobre o problema?

W.M. - Todos nós do filme concordamos que a pirataria é um problema terrível. A acusação de jogada de marketing foi muito dolorosa para o Zé (Padilha) e para toda a equipe. Mas não dá também apenas para tentar impedir a pirataria, não dá para retroceder nessa questão do acesso às novas tecnologias. Então as gravadoras de disco, as distribuidoras de cinema têm que encontrar fórmulas para se adaptar a essa realidade, a fazer dinheiro dentro desse modelo. Eu tenho amigos que não compram mais disco, que baixam filmes pela internet. Eu nem sei fazer isso, porque sou um dinossauro tecnológico. Ainda gosto de comprar o CD, ver a capa, as letras.

UOL - Você diz que a acusação de jogada de marketing foi dolorosa para a equipe. E a de fascismo, que é muito mais pesada?

W.M. - Essa acusação foi triste. Eu me sinto atingido pessoalmente. Não sou fascista, o Zé não é fascista, o filme não é fascista. O Diogo Mainardi escreve na "Veja" que o Brasil não precisa de cinema, que o governo não deveria dar dinheiro para os filmes, que só viu o cartaz de "Tropa de Elite", mas já deu para perceber que sou um péssimo ator, que deveriam raspar minhas sobrancelhas. Tem muita gente que o vê como um herói. E nós é que somos os fascistas?

RICARDO CALIL
Editor de UOL Cinema
http://cinema.uol.com.br/ultnot/2007/10/04/ult4332u457.jhtm

trecho do filme:

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Concessões de Rádio e TV: Quem manda é você!

No dia 5 de outubro, vencem concessões de televisão em todo o Brasil, entre elas emissoras próprias e afiliadas da Rede Globo, Bandeirantes, Record e CNT/Gazeta. Embora exploradas majoritariamente por empresas privadas, rádios e TVs são concessões públicas. Isto é, as câmeras podem ser da Globo, o cenário pode ser da Globo, mas o canal não é da Globo. O canal é do povo brasileiro. No entanto, o cenário atual é de terra sem lei. Emissoras usam suas concessões para promover a criminalização dos movimentos sociais e impor uma agenda política própria. Não há espaço para a pluralidade de idéias e para a diversidade de culturas. Não há respeito nem mesmo ao que prevê a Constituição Federal. Mais do que isso, não há participação da sociedade no debate sobre concessão e renovação das outorgas, que acontecem sem respeito a critérios públicos. Os processos são lentos, pouco transparentes e não existe qualquer fiscalização por parte do poder público. Somados, estes ingredientes sustentam monopólios e oligopólios, tornando possível o funcionamento de emissoras com outorgas vencidas há quase 20 anos. Participe da luta para mudar essa situação. Veja a programação completa das atividades nos estados no site do Intervozes - http://www.intervoz es.org.br ou no site da campanha - www.quemmandaevoce.org.br

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Diretório Central dos/as Estudantes
'Alexandre Vannucchi Leme'
convida:
Exibição do documentário
"Capacetes Coloridos"
e discussão com a diretora Paula Constante e o professor Nabil Bonduki.
4a feira 03 de outubro
12:30 Sala 15 - titanic
sinopse ao traçar um paralelo entre o canteiro de ampliação do campus da usp da zona leste da cidade de São Paulo e o do canteiro de mutirão autogerido da associação Paulo Freire, ligada à União dos Movimentos de Moradia, o documentário traz à tona questionamentos sobre o fazer arquitetônico numa sociedade na periferia do sistema capitalista. Realizado como trabalho de graduação na FAUUSP
documentário Capacetes Coloridos (38')
direção, edição, roteiro e fotografia Paula Constante
direção de arte Oficina 2+
trilha sonora Tiarajú Pablo D'Andrea

*informações: dce@dceusp.org. br

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

assembléia geral dos estudantes da USP
quarta-feira 03.10 às 18h
espaço dos estudantes da sociais



pauta:
  • relatoria da comissão pós-ocupação da reunião com a reitora
  • autonomia dos espaços estudantis

domingo, 30 de setembro de 2007




Pra quem ainda não conhece, esses são os caras do Los Sebosos Postizos...os caras tão mandando muito bem, e a banda conta com integrantes do Nação Zumbi e Mombojó!

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Aborto, espontâneo ou provocado, só notado quando convém pra sociedade.

Aborto é a interrupção da gravidez. Pode acontecer devido a complicações na gestação ou ainda ser provocado. Quando provocado, é objeto de polêmica em nosso país sendo proibido por lei, mas constantemente praticado por milhares de mulheres em clínicas clandestinas que cobram um valor altíssimo por esse serviço. Mas nem sempre o aborto foi polêmico ou crime, em diferentes sociedades esse assunto vem sofrendo muitas variações com o transcorrer do tempo.

Aristóteles, em seu livro VII d’A Política, indica que quando o número de cidadãos é excessivo o aborto pode ser realizado como forma de manter a estabilidade na Grécia Antiga¹. No século XIX, com o avanço do capitalismo, o aborto se colocava como uma ameaça ao comércio que necessita de mão de obra abundante e também de um grande contingente consumidor. Na URSS, em 1920 o aborto deixou de ser crime e passou a ser um direito das mulheres, enquanto que para o Nazi-fascismo o aborto era punido com pena de morte por não respeitar a necessidade de se “criar filhos para a Pátria”. Nota-se, então, que a questão do aborto nem sempre foi polêmica, quando convém pode-se fazer uso dele como política natalista, fazer a discussão sobre os direitos das mulheres quando a sociedade constrói outras formas de organização, como o regime socialista, ou ainda pode-se simplesmente criminaliza-lo sem espaço para polêmicas e que será punido com a pena de morte. Ou seja, em qualquer dessas circunstâncias o aborto é fato! Esteve presente em sociedades desde as mais antigas, mas o que muda é apenas a forma da sociedade encará-lo.

Criminalizar não resolve

As estatísticas de países de todo o mundo demonstram que onde o aborto não é criminalizado as taxas são menores. “Neste sentido, países que criminalizam o aborto, como é o caso do Brasil, não têm suas taxas de abortamento diminuídas. Ao contrário, os números de abortos ilegais, e consequentemente inseguros, são altos, bem como a taxa de mortalidade materna, decorrente das complicações deste tipo de procedimento”, diz Dr. Drezett durante conferência em Brasília em 2005 organizada pela Secretaria de Políticas Especiais para Mulheres, SPM². Em países como a Holanda, onde o aborto é legalizado, as taxas são menores, mas em casos de países com legislações mais punitivas, como no Brasil, ainda sim estas taxas permanecem altíssimas.


Esses dados refutam argumentos sem bases estatísticas de que legalizando o aborto este passaria a ser realizado em grande número, aumentando drasticamente as taxas desse procedimento no Brasil. Mas as leis não superam a necessidade e a realidade da vida das mulheres que, mesmo tendo o aborto como crime em seus países o realizam buscando para isso outras formas de abortamento que não o serviço de saúde pública.

As leis brasileiras e a realidade do Brasil - “Essa hipocrisia dá hemorragia”

Aqui no Brasil é o Código Penal de 1940 que legisla sobre o aborto, uma vez que a Constituição de 1988 não a altera. Esse Código Penal trata do aborto no Título I (Dos Crimes contra a Pessoa), Capítulo I (Dos crimes contra a vida), nos artigos 124 a 127, criminalizando-o, exceto quando o aborto é considerado “terapêutico”, ou seja, quando se trata de salvar a vida da gestante ou “sentimental”, quando a gravidez resulta de estupro.

A lei diz uma coisa, mas na prática o aborto acontece na vida de muitas mulheres. Segundo o documento Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, publicado pelo Ministério da Saúde em março de 2004, no Brasil anualmente ocorrem aproximadamente 1,4 milhão de abortamentos, entre espontâneos e inseguros, com uma taxa de 3,7 abortos para 100 mulheres. A maioria desses são abortos inseguros, ou seja, procedimentos para interromper a gestação não desejada realizado por pessoas sem as habilidades necessárias ou em um ambiente que não cumpre com os mínimos requisitos médicos ou ambas as condições (OMS, Unsafe Abortion, 1998). O procedimento de curetagem (raspagem uterina) é hoje o segundo procedimento obstétrico mais realizado no país, revelando as altíssimas taxas de tentativas de aborto.

Todos esses dados revelam que a hipocrisia de nossa sociedade que invisibiliza a questão do aborto, deixando essa discussão, quando muito, para o espaço das vidas privadas, causa conseqüências graves tanto para as mulheres, interferindo em todo seu contexto físico, social e psíquico, quanto para a saúde pública do país. Por isso militantes feministas denunciam que “essa hipocrisia gera hemorragia” (Marcha Mundial das Mulheres).


No Brasil aborto é crime (para quem não pode pagar!)

Para evitar grandes complicações pós-tentativas de aborto mulheres têm que pagar por serviços prestados em clínicas (clandestinas, uma vez que o procedimento é crime no país) e que cobram muito caro (entre R$1000 e até R$ 4000) por cada cirurgia abortiva. Quem pode pagar essa quantia vai até a clínica, sofre o procedimento (totalmente invasivo ao corpo da mulher) e na maioria das vezes não tem grandes complicações (pelo menos físicas), mas e as mulheres que não podem pagar? Resta como alternativa (ou falta de) para quem não é rica enfiar uma agulha no útero ou procurar alguma mulher que já passou por isso e que possa indicar uma farmácia que venda citotec (misoprostol em nome técnico) ilegalmente e sem receita médica ou ainda tantas outras possibilidades que pode passar pela cabeça de uma mulher desesperada (chás de tudo quanto é jeito, medicações das mais variadas).

Na prática o aborto no Brasil só é crime mesmo pra quem não tem dinheiro, para as mulheres pobres, principalmente as negras que têm todo um histórico de opressão. Para respeitar a decisão das mulheres sobre o que querem para o seu corpo e diminuir as taxas escandalosas de complicações e mortes maternas ocasionadas por abortos inseguros é necessário que os serviços públicos de saúde possam fazer o atendimento com qualidade ao procedimento do aborto. O atendimento deve ser acompanhado, sem dúvida nenhuma, de campanhas e muita discussão sobre o que é o aborto, a autonomia da mulher especialmente no que tange sua sexualidade e a possibilidade de vivenciar realmente as escolhas de planejamento familiar.


28 de Setembro: Luta pela descriminalização do aborto!

O dia 28 de setembro é o Dia de Luta pela Descriminalização do Aborto na América Latina e Caribe. Criado no 5º Encontro Feminista Latino-Americano e do Caribe (Argentina, 1990), o dia 28 vêm sendo uma importante data na luta pelos direitos das mulheres da América Latina e Caribe, especialmente no direito em decidirem quando, com quem, e como querem ter filhos/as. No Brasil durante o dia 28 acontecem ações em diferentes estados, desde atos com centenas e até milhares de mulheres que saem às ruas para denunciar o descaso e a hipocrisia de uma sociedade que fecha os olhos para o aborto, como também grupos de discussão e atividades que pretendem desmistificar muitas coisas sobre o aborto, dando espaço para essa discussão na vida das mulheres. Este ano, em São Paulo, acontecerá um ato pela legalização do aborto que pretende reunir as mulheres na Praça Patriarca, próximo à Prefeitura Municipal, a partir das 10 horas da manhã. Se reunirão mulheres, muitas vestidas de lilás (cor da luta feminista), com suas bandeiras das organizações, com seus instrumentos da batucada feminista ou ainda apenas com suas vozes para entoar as palavras que ecoarão pela cidade: “direito ao nosso corpo, legalizar o aborto!”. Todas são convidadas a se somarem nesta manifestação de milhões de mulheres por toda a América Latina.


Paula Leal

Diretora do DCE livre da USP

Diretora de Mulheres da UEE SP

Marcha Mundial das Mulheres

1 - Vásquez, SR. La situación del aborto en América Latina y el Caribe. In: < http://www.despenalizaciondelaborto.org.co/data/documentos/200509161615410.latina_caribe.pdf > Acessado em 22 de Setembro de 2007.

2 - Resumo da conferência de autoria do Dr. Jefferson Drezett; apresentada no Painel de Descriminalização do Aborto realizado em Brasília e promovido pela Secretaria Especial de Políticas para Mulheres em 07 de junho de 2005. In: <www.ipas.org.br/arquivos/jefferson/problema_saude05.doc > Acessado em 23 de Setembro de 2007.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Conselho de Centros Acadêmicos da USP (CCA) 22.09

CCA (Conselho de Centros Acadêmicos) da USP



22.09
às 13h Na FDUSP (faculdade de Direito)/ Porão do XI de Agosto

Pauta:
· Autonomia dos espaços estudantis;
· Questão Financeira do DCE;
· Invasão da tropa de Choque na FDUSP (Faculdade de Direito)




Ressaltamos a importância de que os centros acadêmicos contribuam com, no mínimo, R$20,00 para custeio decorrente da viagem de CA’s do Interior.




dce@dceusp.org.br
3091- 3269/ 3270
O DCE está, provisoriamente, em frente ao Sweden, nos barracões atrás da FEA no campus Butantã.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

AULA DE DIREITO NA FACULDADE DE DIREITO
DO LARGO DE SÃO FRANCISCO

*Lívia Gimenes Dias da Fonseca


No dia 22 de agosto de 2007 tive a minha primeira aula de Direito de verdade na Faculdade de Direito da USP, do Largo de São Francisco! O Direito na realidade é assim:

LIÇÃO 1

Na verdade, essa eu aprendi no primeiro dia que pisei na Faculdade.Moradores de rua não estão enquadrados no conceito ser humano e por isso não precisam ter a sua dignidade protegida, o que justifica juristas passarem ao seu lado diariamente e não se indignarem com a condição dessas pessoas.

LIÇÃO 2

Os impostos devem ser pagos por todos e todas. Inclusive por esses moradores de rua que pagam ICMS quando por milagre comem ou ao tomarem alguma bebida para esquecerem o frio e a miséria. E é esse imposto que financia os bancos das Universidades Públicas. A ocupação dessas pessoas da frente da faculdade financiada por elas, tudo bem, ninguém liga...mas ai delas!!! se resolverem adentrar. Afinal de contas é espaço público de uso restrito de quem passou no vestibular!. .E aí faz sentido que a faculdade também seja de propriedade particular dessas pessoas como fica claro nos dizeres recorrentes dos estudantes que se referem a ela como "minha faculdade".

Mas o pátio da gloriosa já muitas vezes foi usado para festas (a qual os estudantes da faculdade diariamente reclamam que deva voltar a ter essa utilidade), como o almoço dos antigos alunos que para participar e entrar na faculdade aquele dia era necessário pagar R$50,00 (cinqüenta reais), e nessas festas não tinham só aqueles que passaram na FUVEST, tinha muita gente de fora, amigos desses talvez? E nem o direito de ir vir de todos estava protegido?.. .Ah! Entendi!..É espaço público restrito a quem é branco, filho de classe média ou alta, e que só esses têm o direito de definir a que fins se destina!

Se há alguns poucos que saem dessa categoria de pessoas por terem feito a façanha de também passar no vestibular (que furo no sistema!), não há problema desde que continue a configurar como exceção, mas essas pessoas vão ter que sofrer a conseqüência sendo parado pelo segurança que não acredita que ele é aluno dali, como relata um estudante negro da faculdade!

LIÇÃO 3

O diretor, configurando como outro dono desse espaço, pode fazer e desfazer quanto ao uso dele. Pode num momento dizer que tudo bem a ocupação daquelas pessoas ocorrer ali, e num outro momento, na calada da noite, ordenar que a tropa de choque entre em "seu espaço" e exerça a sua força para retirar aquelas pessoas, agora invasoras, dali!

LIÇÃO 4

Apesar de não haver nenhuma denúncia contra aquelas pessoas, já que nenhum dano havia sido feito contra o patrimônio e nenhuma ação delas estava contra qualquer lei penal, a ausência de qualquer mandado para retirá-las é totalmente aceita. Afinal de contas, para prender pobre e negro na sociedade como um todo, como é de notório saber, não há a necessidade de mandado também!

Isso eu aliás aprendi com um dos policiais, quando perguntei para o tenente do comando: Você jura que vai mandar a tropa entrar aqui na sala dos estudantes quando nem na ditadura a polícia fez isso?, a que o policial ao seu lado respondeu : A gente faz o que quiser!
Por isso a ação da tropa de choque no território livre da SãoFrancisco é totalmente legal! Até porque, como já explicado, esse território só é livre só para aqueles que passaram no vestibular e para as pessoas da sua mesma condição de classe e cor!

LIÇÃO 5

Se na prisão dessas pessoas, negras e pobres, houver crianças e velhas, não há problema algum e não há necessidade de cuidados especiais. Afinal o ECA e o Estatuto do Idoso não foram feitos para pessoas dessas categorias! Mais uma atitude legal da tropa de vir para cima delas!

LIÇÃO 6

Outra aula de legalismo: essas pessoas invasoras, que colocaram em risco toda uma ordem do sistema, não possuem direito a presença de advogado no ato da sua prisão! Assim, a proibição por parte da polícia do acesso dos advogados a essas pessoas antes de irem para a Delegacia também foi legal!

LICÃO 7

Para finalizar a aula de legalismo, se você é branco, filho de classe média ou alta e configura como dono(estudante) da gloriosa não comete nenhum ato infracional e por isso só terá seu nome listado para ser entregue depois ao supra dono do local, o diretor, para tomar as medidas contra você que se atreveu a tentar colocar em risco a ordem!Porém, se você é negro e pobre irá para um camburão separado e será fichado!

LIÇÃO 8

Essa foi sobre democracia e aprendi com muitos estudantes no pátio da faculdade após retornar da delegacia: expresse-se como quiser, desde que não seja contra a manutenção do direito como sinônimo de privilégio social e de cor! O direito a educação não deve ser direito de todos, mas se manter como privilégio! E se escrever contra a retaliação que sofreu por defender contrário a isso, terá os seus cartazes arrancados da parede!

Esse é o direito que se aprende na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco! E os aprendizes do poder[1] aprendem bem a lição e por isso decisões de juízes, como a do caso Richarlyson, que como base da decisão apresenta a idéia de cada macaco no galho, vão configurar como majoritária no nosso Judiciário ainda por muito tempo!

*Lívia Gimenes Dias da Fonseca - 5ºano da Faculdade de Direito da USP, que quando se formar será ex-aluna (e não antiga) porque, saravá, o "espírito sãofrancisco" nunca se apossou de mim!
[1] Livro "Aprendizes do Poder", Sérgio Adorno

terça-feira, 11 de setembro de 2007

O blog do DCE estava com problemas para postagem, sendo assim pedimos desculpas por postar esse informe apenas hoje, porém já há krafts nas unidades:

assembléia geral dos estudantes da usp

13.09 às 18h

no prédio da História/ Butantã - são paulo


pauta.
1. comissão pós-ocupação
2. invasão do choque na San Fran (Faculdade de Direito USP)


sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Um pouco de Cultura...Show Opinião: Maria Bethânia - Carcará

Um pouco de cultura no feriado. E nada melhor que esse vídeo, com Maria Bethânia no show Opinião em 1965 cantando Carcará.


quinta-feira, 6 de setembro de 2007

07.09 Grito dos Excluídos!

O que é Grito dos Excluídos?

É uma manifestação popular para denunciar a exclusão e apontar saídas e alternativas possíveis. Tem como objetivo unificar os povos excluídos no continente e chamá-los para a organização e para a luta!



13º Grito dos Excluídos

VALE Reforma Agrária e Soberania Alimentar 03/09/2007
Maria Luisa Mendonça e Marluce Melo*

O Brasil é o quarto país do mundo que mais emite gás carbônico na atmosfera. Isso ocorre principalmente em conseqüência da destruição da floresta amazônica, que representa 80% das emissões de carbono no país. A expansão de monocultivos para a produção de agroenergia tende a aprofundar este problema, colocando uma pressão cada vez maior na fronteira agrícola da Amazônia e do cerrado.

A expansão da produção de agrocombustíveis no Brasil tem como objetivo central atender a demanda de outros países. Neste contexto, o papel dos países periféricos é fornecer energia barata para países ricos, o que representa uma nova fase da colonização. As atuais políticas para o setor são sustentadas nos mesmos elementos que marcaram a colonização: apropriação de território, de bens naturais e de trabalho, o que representa maior concentração de terra, água, renda e poder.

Uma mudança nos padrões de consumo, principalmente nos países do hemisfério norte, é imprescindível, pois nenhuma fonte alternativa de energia seria capaz de suprir a atual demanda. No entanto, a opção pela redução do consumo é praticamente excluída do debate oficial quando se trata de discutir meios de diminuir a poluição atmosférica. O primeiro passo nesse sentido deveria ser o investimento massivo em transporte público, além de políticas de racionalização, contenção de desperdício e economia de energia, e da implementação de uma diversidade de fontes alternativas e verdadeiramente renováveis.

O conceito de energia “limpa” e "renovável" deve ser discutido a partir de uma visão mais ampla que considere os efeitos negativos destas fontes. No caso do etanol produzido a partir da cana-de-açúcar, seu cultivo e processamento poluem o solo e as fontes de água potável, pois utilizam grande quantidade de produtos químicos. Cada litro de etanol produzido consome cerca de 12 litros de água.

No caso da produção de diesel a partir da soja, as estimativas mais otimistas indicam que o saldo de energia renovável produzido para cada unidade de energia fóssil gasto no cultivo é de 0,4 unidades. Isso se deve ao alto consumo de petróleo utilizado em fertilizantes e em máquinas agrícolas. Além disso, a expansão da soja tem causado enorme devastação ambiental. Mesmo assim, a soja tem sido apresentada pelo governo como principal cultivo para diesel vegetal.

Em muitas regiões do país, o aumento da produção de etanol tem causado a expulsão de camponeses de suas terras e gerado dependência da chamada “economia da cana”, onde existem somente empregos precários nos canaviais. O monopólio da terra pelos usineiros impede que outros setores econômicos se desenvolvam, gerando desemprego, estimulando a migração e a submissão de trabalhadores a condições degradantes.

Apesar da propaganda de "eficiência", a indústria de agroenergia está baseada na exploração de mão-de-obra barata e até mesmo escrava. Os trabalhadores são remunerados por quantidade de cana cortada e não por horas trabalhadas. No estado de São Paulo, maior produtor do país, a meta de cada trabalhador é cortar entre 10 e 15 toneladas de cana por dia.

Esse padrão de exploração tem causado sérios problemas de saúde e até a morte dos trabalhadores. Estudos do Ministério do Trabalho estimam que 1.383 canavieiros morreram no estado de São Paulo entre 2002 e 2006. As causas destas mortes são assassinatos, acidentes no precário transporte para as usinas, em conseqüência de doenças como parada cardíaca, câncer, além de casos de trabalhadores carbonizados durante as queimadas.

Atualmente, a produção extensiva de agrocombustíveis coloca em risco a própria soberania nacional, na medida em que grandes empresas estrangeiras têm adquirido usinas e terras no Brasil, entre elas Bunge, Noble Group, ADM e Dreyfus, além de mega-empresários como George Soros e Bill Gates.

Organizações sociais em todo o país ampliam as denúncias sobre os efeitos destrutivos do modelo agrícola baseado no monocultivo. A superação deste modelo passa pela realização de uma reforma agrária ampla, que elimine o latifúndio. É preciso garantir políticas de subsídios para a produção de alimentos provenientes da agricultura camponesa. Não podemos manter os tanques cheios às custas de barrigas vazias.

- Maria Luisa Mendonça é coordenadora da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos e do Grito dos Excluídos Continental; e Marluce Melo é coordenadora da Comissão Pastoral da Terra – Nordeste.

fonte: www.gritodosexcluídos.com.br

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Um atentado contra o patrimônio nacional

Na alienação da Vale, a parte lesada foi o povo brasileiro, e os responsáveis pela lesão foram os agentes públicos federais

AO ABANDONAR em 1997 o controle da Companhia Vale do Rio Doce ao capital privado por um preço quase 30 vezes abaixo do valor patrimonial da empresa e sem apresentar nenhuma justificativa de interesse público, o governo federal cometeu uma grossa ilegalidade e um clamoroso desmando político.
Em direito privado, são anuláveis por lesão os contratos em que uma das partes, sob premente necessidade ou por inexperiência, obriga-se a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta (Código Civil, art. 157). A hipótese pode até configurar o crime de usura real, quando essa desproporção de valores dá a um dos contratantes lucro patrimonial "que exceda o quinto do valor corrente ou justo da prestação feita ou prometida" (lei nº 1.521, de 1951, art. 4º, b). A lei penal acrescenta que são co-autores do crime "os procuradores, mandatários ou mediadores que intervieram na operação".
É importante lembrar tais preceitos porque, no caso da alienação da Vale, a parte diretamente lesada foi o povo brasileiro, e os responsáveis pela lesão foram os agentes públicos federais que atuaram em nome da União federal, como se esta fosse a proprietária do bem público alienado.

Ora, em direito público os órgãos do Estado jamais podem ser equiparados a um proprietário privado. Este, segundo a mais longeva tradição, tem o direito de usar, fruir e dispor dos bens que lhe pertencem, sem ser obrigado a prestar contas de seus atos a ninguém. O Estado, ao contrário, é mero gestor dos bens públicos, em nome do povo.

No regime democrático, os órgãos estatais atuam como delegados do povo soberano, cujos bens e interesses devem gerir e preservar. O art. 23, I, de nossa Constituição declara que é da competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios "conservar o patrimônio público".

Aliás, a lei nº 8.666, de 1993, que regula as licitações públicas, dispõe que a alienação de bens da administração pública é sempre "subordinada à existência de interesse público devidamente justificado" (art. 17), isto é, claramente exposto e motivado.

Ora, em descarada afronta a esses preceitos fundamentais, o edital de alienação do controle da Companhia Vale do Rio Doce se limitou a declarar que a desestatização da empresa "enquadra-se nos objetivos do PND (Plano Nacional de Desestatização)". Nem uma palavra a mais.

Fora do edital, o governo federal adiantou duas justificativas: a necessidade de reduzir o endividamento público e a carência de recursos financeiros estatais para investimento na companhia.

Ambas as explicações revelaram-se falsas. O endividamento do Estado, que no começo do governo Fernando Henrique era de R$ 60 bilhões, havia decuplicado ao término do segundo mandato presidencial. Por sua vez, o BNDES, dispondo de recursos públicos, financiou a desestatização da companhia e continua até hoje a lhe fazer vultosos empréstimos.

Mas a entrega de mão beijada da Vale ao capital privado foi também um desmando político colossal nesta era de globalização. O Estado desfez-se da maior exportadora mundial de minério de ferro exatamente no momento em que a China iniciava seu avanço espetacular na produção de aço. Hoje, a China absorve da Vale, isto é, de uma companhia privada, e não do Estado brasileiro, quase 30% da produção desse minério.

Além disso, a companhia, que possuía o mais completo mapa geológico do nosso território, já era, ao ser alienada, concessionária da exploração de quase 1 bilhão de toneladas de cobre, de 678 milhões de toneladas de bauxita, além da lavra de dois minérios de alto valor estratégico: o nióbio e o tungstênio. Esse trunfo político considerável foi literalmente jogado fora.

Para prevenir a repetição de atos gravosos dessa natureza, a Ordem dos Advogados do Brasil ofereceu ao Congresso Nacional dois projetos de lei, um na Câmara dos Deputados, outro no Senado, prevendo a submissão a plebiscito de todos os atos de alienação do controle de empresas estatais.

Mas o povo brasileiro não vai aguardar, passivamente, que os seus mal intitulados representantes se decidam a cumprir o dever de legislar em benefício do país ou que o Judiciário julgue, com dez anos de atraso, as 103 ações populares intentadas contra o fraudulento negócio.

Nesta Semana da Pátria realiza-se, em todo o território nacional, por iniciativa dos movimentos populares, um plebiscito para que o povo possa, enfim, dizer não a esse crime de lesa-pátria.

FÁBIO KONDER COMPARATO , 70, professor titular aposentado da Faculdade de Direito da USP, é presidente da Comissão de Defesa da República e da Democracia do Conselho Federal da OAB. É autor, entre outras obras, de "Ética - Direito, Moral e Religião no Mundo Moderno".

Folha de S.Paulo – Tendências e Debates – 2 de setembro de 2007 - Domingo

sábado, 1 de setembro de 2007

A mentira da democracia ou a democracia da mentira.

Hoje, fui surpreendido com a notícia de uma Assembléia de Estudantes na Faculdade de Direito da USP para destituição da atual diretoria XI de Agosto. A razão para isso deveu-se ao episódio ocorrido no dia 21 de agosto, quando movimentos sociais ocuparam a Faculdade de Direito da USP como parte da Semana de Jornada de Lutas por uma Educação Pública e de Qualidade, organizada por mais de 40 entidades, entre elas UNE e DCE da USP. O resultado disso, já conhecido, foi a intervenção da Tropa de Choque que tirou os manifestantes e os encaminharam para a delegacia, criminalizando o movimento.

O curioso desse processo foi o protagonismo do Diretor da Faculdade Profº João Grandino Rodas que não titubeou em acionar a PM (e não a Justiça) para uma rápida reintegração de posse da Faculdade, alegando ser um movimento estranho à Faculdade e cuja presença impedia a livre circulação dos professores, estudantes e funcionários. Por ter o Centro Acadêmico “XI de Agosto saído à público com uma crítica a essa atuação da Direção da Faculdade, o Profº João Grandino promoveu uma reação de estudantes afinados com a demagogia e o “elitismo” da Faculdade para encamparem a destituição da atual gestão do Centro Acadêmico.

A Faculdade cedeu a esses estudantes o Salão Nobre, manifestando seu forte interesse nesse processo. Conforme estudantes dessa Faculdade me informaram, o uso desse Salão só é permitido por meio de um aluguel no valor de 5 mil reais (estamos falando de uma Faculdade Pública) e, caso reservado com antecedência, os estudantes podem utilizá-lo por meio de um aluguel no valor de mil reais. Nesse caso, como forma de apoio a uma Assembléia “destituinte”, o espaço foi cedido de imediato e sem cobrar qualquer valor desses estudantes. Também, as aulas foram suspensas (não me confirmaram se oficialmente ou não) para garantir a realização da elaborada Assembléia.

Além disso, a Faculdade solicitou à Prefeitura do Campus a presença de cinco guardas universitários para proteção do patrimônio. O que se viu foi esses guardas na porta do salão, controlando a entrada dos estudantes e recebendo ordens de um dos líderes do grupo “Escória”, numa atuação explícita e abusiva de seguranças privados desse grupo.
Há de se lembrar que em 2005, o grupo “Escória”, então gestão do CA “XI de Agosto” publicou um jornal com conteúdos fortemente racistas, machistas e homofóbicos. Embora, na época, fossem severamente criticados, não houve processo de destituição dos mesmos.
No pátio, diversas mesas estavam dispostas com listas para assinaturas com objetivo de legitimar a Assembléia. Detalhe: além de não ter quaisquer controle, as assinaturas eram recolhidas, independentemente dos estudantes participarem ou não da Assembléia, para simplesmente legitimá-la.

Para além do uso de poder na solicitação da Tropa de Choque que expulsaram os movimentos sociais de dentro da Faculdade, o Profº João Garrido protagonizou pelos bastidores, esse movimento de destituição da gestão, por esses terem se posicionado a favor do movimento reprimido, contra a truculência do diretor. Operou e manipulou os instrumentos democráticos do movimento estudantil como resposta feroz ao posicionamento dessa Gestão.
Com isso, a lógica repressiva para o silenciamento da democracia, bastante utilizado nos “Anos de Chumbo”, hoje se mostra de uma forma esteticamente moderna, mascarada por um discurso democrático, mas com a mesma essência truculenta da época da Ditadura. A democracia e o direito à livre manifestação política não amadureceu nas instituições públicas pós-ditadura. O autoritarismo foi quem tomou novos ares: Ares de Democracia. A mesma lógica de poder repressor perpetuada nessa sociedade capitalista - seus métodos - estão atualizadas e inovadas.
Provavelmente, a ordem será estabelecida e a “Escória” voltará novamente à direção desse Centro Acadêmico para dar continuidade à sua política preconceituosa e conservadora. Tudo isso, sob as bençãos da direção da Faculdade e bancada financeiramente pela sociedade que sequer pode passar pela porta.
A Universidade Pública se mantém como o espaço dos privilegiados que conseguiram passar pelo violento instrumento do vestibular. A Faculdade de Direito da USP, que nunca foi um território livre, mas território da “elite paulista”, continuará mantendo seu corpo discente branco e burguês, graças ao discurso da “meritocracia” , à intervenção da polícia e aos métodos inovadores de ingerência praticados por sua direção. E o movimento, os pobres, os negros e negras continuarão fora, política e espacialmente, dessa Faculdade, ocupando as ruas, as favelas, a periferia e as delegacias de nosso país.

Vivemos hoje a mentira de uma democracia ou, talvez, a democracia da mentira e, por se posicionarem favoravelmente a uma verdadeira democracia no ambiente universitário, a gestão atual do Centro Acadêmico “XI de Agosto” pode pagar caro por isso.
Esse meu desabafo, por ter presenciado essa tentativa de golpe efetivado pela burocracia universitária, segue como uma forma de apoio à Gestão atual e a sua coragem de não se calar diante da mentira que vivemos atualmente.

Por Dário Neto
Mestrando em Literatura Brasileira na USP
Representante Discente no Conselho Universitário (CO) - USP